A Força do Digital na Educação

As escolas portuguesas fizeram, em 2019/20, um esforço hercúleo para, estando fechadas fisicamente, chegarem ao espaço de cada um dos seus alunos. Não terá sido a situação ideal (até porque se alargou o fosso das desigualdades sociais e culturais, devido à inacessibilidade tecnológica de muitas famílias), mas foi a possível, prontamente implementada com mérito indiscutível de todos os envolvidos, para que os alunos se mantivessem minimamente ocupados, envolvidos nas aprendizagens e em ambiente mais seguro. No entanto, neste processo, as escolas debateram-se com grandes adversidades: falta de equipamento informático, falta de rede e as dificuldades tecnológicas de muitos docentes para levar a cabo a tarefa para que a aprendizagem dos alunos efetivamente acontecesse.

Ora, o Plano de Ação para a Transição Digital, de 21 de abril de 2020 (Resolução do Conselho de Ministros n.º 30/2020), tem em vista, entre outras, colmatar os défices já diagnosticados nas escolas ao: i. disponibilizar equipamento individual a alunos e professores; ii. garantir a conectividade móvel gratuita para alunos e professores; iii. permitir acesso a recursos educativos digitais de qualidade (p. ex. manuais digitais; repositórios de RED) e, iv. apostar num plano de capacitação digital de docentes.