A educação e a escola no séc XXI
O passado, o presente e o futuro na formação profissional
A construção de uma “nova escola” projeto, escola e território
Do analógico ao digital: o desafio da leitura no séc. XXI
Educação e mundo digital
Deontologia profissional e organizacional nas escolas
O olhar externo sobre a escola
Estrutura da Ação
O século XXI tem-se caracterizado por mudanças muito grandes a vários níveis, na educação, na sociedade, nos recursos disponíveis, na oferta de emprego… Estas mudanças apontam para um novo paradigma no domínio da educação, reposicionando a escola, o professor e o aluno numa lógica diferente daquela que vigorou até aqui. O relatório “Education at a Glance 2012” mostra que Portugal ainda tem muito a evoluir neste campo (Relatório da OCDE sobre Educação). Este relatório refere que “School governance in Portugal is fairly centralised”. Será que esta centralização é benéfica para o sistema? Por outro lado, ao nível da inovação, o paradigma digital ganha terreno, quer quanto aos equipamentos disponíveis nas escolas, quer ao nível da apetência dos alunos, verdadeiros nativos digitais. O Relatório “Aja Agora Mesmo”, do Grupo de Peritos de Alto Nível Sobre Literacia da UE, de setembro de 2012, insiste na necessidade de se investir na literacia, enquanto forma de melhorar o bem-estar dos cidadãos mas, essencialmente, porque faz sentido do ponto de vista económico. E a escola, como trabalha a leitura e as literacias? Será que as assume como áreas transversais, fundamentais para a construção do cidadão e da própria aprendizagem? Que leitores temos nos nossos alunos? Como os podemos convencer que a leitura é fundamental? E que tipo de leitura? Precisamos pensar como tornar os nossos alunos leitores competentes nas várias literacias que são fundamentais para a sobrevivência atual e futura. E o professor? Como se posiciona nesta escola atual, mais direcionada, mais formatada, mais controlada de forma externa. Que tipo de professor precisamos? Que profissionalidade está subjacente aos novos desígnios e às novas organizações escolares? Mas a escola está inserida numa comunidade, com ela interage e dela recolhe saberes e tradições, vontades e história, expetativas e ilusões. E como é que a escola interage com a comunidade? Qual o papel dos vários atores sociais? Como podem ser potenciados em favor dos alunos, do seu sucesso e da sua inserção no mercado de trabalho? Por outro lado, diversos estudos comprovam que o envolvimento dos pais na vida escolar dos seus filhos tem resultados muito positivos ao nível do próprio sucesso escolar dos alunos. E esta premissa é valorizada na nossa Escola? É preciso pensar em conjunto, encontrar pontos de apoio que permitam aos docentes ser melhores profissionais, associando a formação, os projetos escolares, os projetos individuais de cada docente e os interesses supremos dos alunos e da comunidade. A gestão e as mudanças curriculares, a avaliação de alunos, professores e escolas, a gestão das novas organizações precisam ser debatidas e pensadas, numa lógica de apropriação e implementação. Só assim se poderá melhorar a escola e promover o sucesso educativo. É preciso construir uma escola que cumpra os seus objetivos.
Objetivos da ação
- Refletir sobre o papel dos centros de formação no sistema educativo;
- Definir o papel da formação contínua no contexto das mudanças em curso;
- Perceber as principais implicações na reorganização da rede escolar, do currículo e da avaliação de professores e das organizações escolares;
- Sensibilizar os docentes para a importância da leitura e das literacias na construção de um cidadão socialmente crítico e interveniente;
- Discutir o papel da escola e a formação de jovens leitores;
- Compreender as implicações e mudanças culturais dos jovens leitores;
- Estimular a utilização das tecnologias como mediadoras de aprendizagens na escola atual;
- Analisar vantagens e desvantagens da utilização das TIC na escola;
- Refletir sobre a ligação da escola e dos seus atores ao meio e às forças vivas da comunidade em que se insere.