Memórias e Desafios
130 Anos ao serviço da educação, da democracia, do desenvolvimento...

A agora denominada escola secundária Francisco de Holanda (ESFH) foi criada em dezembro de 1884, na sequência da Exposição Industrial e da exigência das forças vivas de Guimarães como a Escola Industrial Francisco de Holanda que é o mais antigo estabelecimento de ensino secundário do concelho de Guimarães. No entanto, a sua história inicia­se duas décadas antes, com a lei de João Crisóstomo de Abreu e Sousa, que reformava o ensino técnico em Portugal e que previa a instalação, em Guimarães, de uma escola industrial. A Escola Francisco de Holanda iniciou a sua atividade no dia 14 de Janeiro de 1885 e, desde então, é uma referência incontornável na cidade de Guimarães. Passando, no dia 20 de Dezembro de 2014, 150 anos sobre a instituição (no papel) do ensino industrial em Guimarães, fará todo o sentido que a Escola Secundária Francisco de Holanda assinale condignamente esta efeméride, aproveitando para recuperar a sua (s) memória (s) e, em simultâneo, para reafirmar a importância do ensino técnico e profissional e para o potencial formativo de que a escola dispõe. São consideradas datas importantes: • 20 de dezembro de 1864 – criação por decreto da “Escola Industrial de Guimarães” • 6 de maio de 1884 – criação por diploma, já com a denominação de “Escola de Desenho Industrial” • 14 de junho de 1884 – Exposição Industrial de Guimarães • 3 de dezembro de 1884 – decretado o estatuto de “Escola Industrial Francisco de Holanda” • 12 de janeiro de 1885 – decretada a abertura da escola • 14 de janeiro de 1885­ a escola entra em funcionamento, no Largo do Carmo, com 153 alunos A ESFH tem­se assumido ao longo da sua história como espaço de: memórias, de saberes, de afetos, de cidadania, de cultura, de ensino/aprendizagem para as diversas gerações que por lá passaram. Esta ação tem como finalidade levar os professores e a própria escola enquanto coletivo a desenvolverem processos de reflexão internos que levem os seus profissionais a níveis de desempenho capazes de aumentar o sucesso escolar e educativo dos seus alunos. Subjacente a toda a ação educativa deve estar uma cultura de consciencialização do estádio de desenvolvimento da escola, desde a sua criação até aos dias de hoje. Pretendese, então, criar um espaço de reflexão e debate no interior da escola convocando um conjunto de temáticas consideradas pertinentes pelos órgãos de gestão e administração no decorrer da celebração dos 130 anos. É com este propósito que se propõe este ciclo de seminários sob o tema agregador “ESFH ­ Memórias e desafios: 130 Anos ao serviço da educação, da democracia, do desenvolvimento…” que terão oradores convidados, especialistas das áreas em reflexão, e visam dinamizar espaços de debate que criem (des) equilíbrios e instiguem a uma profissionalidade adequada aos novos desafios que se colocam à escola pública.

Neste sentido, várias temáticas estarão em debate, numa lógica de consciencialização, de apropriação e de intervenção. Só assim se poderá melhorar a escola e promover o sucesso escolar e educativo de todos os alunos. É preciso refletir e debater, em conjunto, encontrar pontos de apoio que permitam aos docentes serem melhores profissionais, associando a formação, os projetos educativos, os planos de melhoria, os projetos individuais de cada docente, o projeto para futuro da ESFH, em particular e das demais em geral.